Com
a evolução da raça humana, notaram-se importantes avanços na tecnologia das
ferramentas, o rápido crescimento desta população, o agrupamento social em
habitações e o surgimento das artes: o período cultural chamado Paleolítico
Superior havia começado. Certamente, os humanos de então já haviam dominado a
linguagem. Com o crescimento demográfico e, a partir da origem dos modernos
seres humanos, inicia-se o processo de colonização de novos territórios. Povos
alcançaram a Nova Guiné e Austrália, partindo da Indonésia há cerca de 40 mil
anos e desenvolveram as características australóides isoladamente naquela
região. Entretando, há controvérsias com relação à provável data do início da
presença humana no Novo Mundo, que possivelmente se deu há cerca de 15 mil
anos. Evidências genéticas lingüísticas e anatômicas dos modernos ameríndios,
no entanto, sugerem cada vez mais que a primeira presença na América do Norte
tenha ocorrido entre 30 e 40 mil anos atrás.
O impacto do homem sobre o meio ambiente depende de variáveis históricas, como o modo de produção, a estrutura de classes, os recursos tecnológicos e a cultura de cada sociedade ao longo do tempo. Os diferentes modos de produção surgidos ao longo da história sempre consideraram a questão de onde retirar matéria-prima como tendo uma única resposta: a natureza. A concepção de que os recursos naturais existem em quantidade ilimitada, possibilitando o crescimento contínuo das sociedades humanas remonta as sociedades pré-capitalistas e permanece em nossa concepção, causando danos irreversíveis à natureza.
A ação da espécie humana sobre o meio ambiente tem uma característica qualitativa única: possui um enorme potencial desequilibrador, pois as mudanças que provoca nem sempre são assimiláveis pelos ecossistemas, ameaçando assim a permanência dos sistemas naturais.
São quatro os fatores levantados por Lago e Pádua para isso:
1) Maior poder de raciocínio;
2) Capacidade técnica;
3) Densidade populacional;
4) A atuação do homem sobre o meio ambiente tem como finalidade, não apenas a sua reprodução física, mas, principalmente a satisfação de necessidades socialmente fabricadas. Este é o ponto mais relevante segundo os autores acima citados.
As necessidades geradas no âmbito do social surgem com o crescimento da complexidade sócio-econômica e cultural de cada sociedade. Esse aspecto é o que diferencia qualitativamente a ação humana sobre o ambiente: ela é socialmente determinada.
As comunidades humanas primitivas retiravam da natureza praticamente apenas o necessário à sua reprodução. Além disso, utilizavam-se basicamente de recursos renováveis através da coleta, da caça e da lavoura em pequena escala. Desta forma, deixavam intactas as bases do funcionamento dos ecossistemas.
As sociedades pré-capitalistas mais desenvolvidas (ex: as da antigüidade clássica) não comprometiam de forma generalizada o equilíbrio do meio ambiente, pois possuíam um pequeno desenvolvimento produtivo e populacional, embora já tivessem um significativo avanço urbano e comercial. Os impactos ambientais eram locais e pequenos.
Na Idade Média, a ruralização da economia não ameaçava a sobrevivência dos sistemas naturais. Há registros de desflorestamento e poluição do ar devido às fundições e à queima de carvão.
A Revolução Industrial, ocorrida nos séculos XVIII e XIX, estabelece a necessidade social da expansão permanente do mercado, como forma de garantir a acumulação de capital que realimenta a economia capitalista. Foi a partir desta época que começou-se a consumir aceleradamente os recursos naturais não-renováveis, como os minérios e combustíveis fósseis. Os recursos naturais (animais e vegetais) continuaram a ser muito explorados, surgindo a contínua extinção de espécies. Outros recursos passam a ser ameaçados em grande escala pela primeira vez, como o ar, o solo e a água. Surgem novos tipos de poluição: a sonora, a térmica, a visual e a radioativa.
A concepção de crescimento ilimitado é gerado neste contexto histórico, influenciando países de diferentes orientações políticas e ideológicas. O Estado também não se mostrou mais sensível à questão do meio ambiente nos países em que houve estatização e extinção da liberdade de expressão.
No século XX, surge a figura da "obsolescência planejada", em que incentiva o consumo constante das inovações tecnológicas que surgem a cada instante. Esse conceito se expande também para o nível cultural, causando mudanças nos costumes como mais uma forma de incentivo do consumo.
A questão tecnológica apresenta-se também como outro fator importante na questão ambiental. A tecnologia é o reflexo do modelo sócio-econômico e se desenvolve segundo os seus princípios. Neste sentido, as soluções tecnológicas produzidas no contexto de crescimento ilimitado também geram problemas para a sobrevivência dos sistemas naturais.
O impacto do homem sobre o meio ambiente depende de variáveis históricas, como o modo de produção, a estrutura de classes, os recursos tecnológicos e a cultura de cada sociedade ao longo do tempo. Os diferentes modos de produção surgidos ao longo da história sempre consideraram a questão de onde retirar matéria-prima como tendo uma única resposta: a natureza. A concepção de que os recursos naturais existem em quantidade ilimitada, possibilitando o crescimento contínuo das sociedades humanas remonta as sociedades pré-capitalistas e permanece em nossa concepção, causando danos irreversíveis à natureza.
A ação da espécie humana sobre o meio ambiente tem uma característica qualitativa única: possui um enorme potencial desequilibrador, pois as mudanças que provoca nem sempre são assimiláveis pelos ecossistemas, ameaçando assim a permanência dos sistemas naturais.
São quatro os fatores levantados por Lago e Pádua para isso:
1) Maior poder de raciocínio;
2) Capacidade técnica;
3) Densidade populacional;
4) A atuação do homem sobre o meio ambiente tem como finalidade, não apenas a sua reprodução física, mas, principalmente a satisfação de necessidades socialmente fabricadas. Este é o ponto mais relevante segundo os autores acima citados.
As necessidades geradas no âmbito do social surgem com o crescimento da complexidade sócio-econômica e cultural de cada sociedade. Esse aspecto é o que diferencia qualitativamente a ação humana sobre o ambiente: ela é socialmente determinada.
As comunidades humanas primitivas retiravam da natureza praticamente apenas o necessário à sua reprodução. Além disso, utilizavam-se basicamente de recursos renováveis através da coleta, da caça e da lavoura em pequena escala. Desta forma, deixavam intactas as bases do funcionamento dos ecossistemas.
As sociedades pré-capitalistas mais desenvolvidas (ex: as da antigüidade clássica) não comprometiam de forma generalizada o equilíbrio do meio ambiente, pois possuíam um pequeno desenvolvimento produtivo e populacional, embora já tivessem um significativo avanço urbano e comercial. Os impactos ambientais eram locais e pequenos.
Na Idade Média, a ruralização da economia não ameaçava a sobrevivência dos sistemas naturais. Há registros de desflorestamento e poluição do ar devido às fundições e à queima de carvão.
A Revolução Industrial, ocorrida nos séculos XVIII e XIX, estabelece a necessidade social da expansão permanente do mercado, como forma de garantir a acumulação de capital que realimenta a economia capitalista. Foi a partir desta época que começou-se a consumir aceleradamente os recursos naturais não-renováveis, como os minérios e combustíveis fósseis. Os recursos naturais (animais e vegetais) continuaram a ser muito explorados, surgindo a contínua extinção de espécies. Outros recursos passam a ser ameaçados em grande escala pela primeira vez, como o ar, o solo e a água. Surgem novos tipos de poluição: a sonora, a térmica, a visual e a radioativa.
A concepção de crescimento ilimitado é gerado neste contexto histórico, influenciando países de diferentes orientações políticas e ideológicas. O Estado também não se mostrou mais sensível à questão do meio ambiente nos países em que houve estatização e extinção da liberdade de expressão.
No século XX, surge a figura da "obsolescência planejada", em que incentiva o consumo constante das inovações tecnológicas que surgem a cada instante. Esse conceito se expande também para o nível cultural, causando mudanças nos costumes como mais uma forma de incentivo do consumo.
A questão tecnológica apresenta-se também como outro fator importante na questão ambiental. A tecnologia é o reflexo do modelo sócio-econômico e se desenvolve segundo os seus princípios. Neste sentido, as soluções tecnológicas produzidas no contexto de crescimento ilimitado também geram problemas para a sobrevivência dos sistemas naturais.
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